quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sinto-me traída es q ua rt ej ad a a minha alma caiu a meus pés e eu olho para ela ali no chão logo a conserto Zai hoje sem pontuação sem pausas sem quebras sem organização

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

...sei lá...

hoje apetece-me dizer "sei lá", "não sei"... "não quero saber"...

a vantagem de deixar de acreditar é que não nos desiludimos, não nos magoamos, não nos sentimos vazios tristes melancolicos... ficamos num estado de "eu sei lá"...
é um estado de apatia total face às coisas.

não quero saber! estou melhor assim... descrente!

e percebi que voltar a acreditar dá-me tanto trabalho... mexe tanto com as minhas emoções que... sei lá!... não me apetece dar-me ao trabalho.

abrir de novo as portas, deixar entrar... organizar, reorganizar!... não quero saber!...

desistir às vezes (disseram-me) que é sinal de inteligencia... talvez a descrença seja sinal de sobredotação...


Pi

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Se os sliêncios tivessem sido substituídos por verdades, talvez o meu coração tivesse sossegado mais, talvez não houvesse tanta turbulência. Ainda hoje não sei se os silêncios foram verdades ou foram enganos e ainda hoje não sei se quero saber ou se prefiro ficar na ignorância de um emudecimento porque o silêncio permite polvilhar a vida com o que bem entender, sem certezas decifrando as entrelinhas dos vários silêncios a que contigo me reduzi posso acreditar. E acreditar é tanto. Acredito naquilo que quero porque o teu silêncio, mais coisa menos coisa, deve querer dizer isso, não é? Logo calculei que sim! Que mais poderia querer dizer? O contrário daquilo que gostaria de ter vivido contigo?
Mas a vida sem ti custa mais do que fingir a tua presença, a tua presença fingida não foi inútil ao meu coração por mais absurdo que isto possa parecer foi útil fingir-te meu. Útil à nossa história, útil à minha existência, útil para finalizar o que começamos. Hoje consciente dos múltiplos significados que o teu silêncio pode ter estou disposta a descobrir o que significa esse barulho todo que fazes quando te calas vou perguntar-te vou procurar saber vou querer descobrir. Seja qual for a resposta seja qual for eu vou ouvir-te com a mesma atenção que escutei cada silêncio teu. E vou compreender e acalmar o meu coração que te teima em guardar.
E depois disso a nossa vida será o que fizermos dela como até ao dia de hoje foi o fizemos dela, com silêncios e diálogos com amor e paixão sem amor e sem paixão apaixonados desde o dia em que quando ainda nem sabíamos o que era gostar de alguém nos gostamos iludidos desde o dia que em que nos calamos cansados de esperar por alguma coisa que nem um nem outro saberia muito bem o que era.


Zai.

domingo, 17 de janeiro de 2010

medo...

já tiveste medo?

"hoje senti-me ansiosa... não sei o porquê!"... e agora parece-me tão obvio...

já sentiram medo?

um estranho medo... não é o medo de perder... é um medo de quem acha que nem tenta ganhar por medo... é um medo que mete "ses" em tudo o que fazes em tudo o que sentes...

já não sentia o toque... o sorriso... o cheiro... há tanto tempo... e senti medo!

é possivel que o que temos para dar se esgote num só momento... numa só situação?

ou temos uma imensidão de sentimentos que nos permite dar... e dar... sem que se esgotem... sem que nos esgotem!

tive medo...

medo de me desiludir... medo de não conseguir... medo de achar que me vou estar sempre a lembrar de momentos... como se os quisesse repetir...

será que uma voltarei a sentir a novidade! o começo!...? tenho saudades...

tenho medo de ter saudades... e de as ter sempre... e de não conseguir!

é normal ter medo?

já sentiste medo? já sentiram medo?


Pi

sábado, 16 de janeiro de 2010

Não sei o que me faz pior, ter-te longe ou perto.
Remar contra a vontade.

Zai.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Amizades em part-time

É. As amizades têm muito de tudo, têm vantagens que o amor, aquele amor que se tem só para um, aquele amor do ‘quero ficar contigo a vida inteira e ter filhos’, não tem. As amizades podem ser tantas quanto se quiser e com quem escolhermos, não é preciso na amizade abdicar de um amor em prol de outro, as amizades coexistem na mesma vida, desdobramo-nos em amizades tão singulares como cada um que teve o encanto de nos cativar. Este é o amor que permite a poligamia. Os amigos são mais do que um, são diferentes e tecemos relações diferentes, não nos exigem exclusividade e cada um dá o que nos tem para dar e serve porque o amigo não tem que ser tudo, basta ser. É um amor tolerante que não nos consume na exigência absurda que um ser tem que possuir todas as qualidades que o nosso egoísmo acha necessárias. A amizade é o amor poligâmico.
Mas o respeito e a lealdade são exigências básicas em qualquer relação e ser leal é segundo o dicionário não faltar às promessas que se faz, para mim ser leal é antes de tudo um compromisso connosco, antes da fidelidade ao outro há a fidelidade a mim, aquilo que acredito, que faço por acredito e que de maneira natural me comprometi, não há contratos nem regras previamente estabelecidas, mas todos sabemos o que queremos e podemos dar e o que o outro espera de nós nada mais é do que aquilo que nós lhe mostramos que podia esperar. Deslealdade é falhar connosco, ao que estamos dispostos a dar e já não damos. E os amigos não são descartáveis, não servem para ocupar tempos livres, para colmatar falhas ou para nos fingirmos menos vazios, amigos fazem parte de nós, trazemo-los para a nossa vida e eles ficam, ajudam, cuidam, riem. A amizade é um amor poligâmico não é o amor substituto.

Zai.