Foi como descobrir uma pedra preciosa num fundo do rio. Contemplou. Foi contemplada. Os olhares cruzaram-se. Até agora não percebe o que aconteceu.
Não foi preciso tempo. Muito tempo. Olharam um para outro e beijaram-se. Um beijo de sempre. Não um beijo de filme, daqueles que nos levanta o pé. Foi um beijo. Um simples beijo. E tudo mudou. Até o tempo mudou.
Na saúde e na doença. Quase promessa de Amor Eterno! E poderia ter sido sempre assim.
Hoje a Princesa, chora... derrama-as na margem do rio Vlatva. Será sempre a Princesa, será sempre Princesa! A dor é de ouro, como a cidade! As lágrimas caiem... unem-se com o rio. Um dia chorará por ela...
E num café... algures à beira do rio Vlatva... enquanto o rio contempla as suas lágrimas, a Princesa tenta encontrar um caminho... aquele que a leva à serenidade que não encontra desde aquele dia...
E sentada num café, com ele à frente, percebe a fatalidade do erro que levou a tantos enganos. Não se pode esconder o que se sente... não se pode fugir! Assim será... as lágrimas continuarão a ser derramadas... a Princesa será sempre Princesa... a viagem a Praga terá um inicio e um fim... terá outras companhias... será mais uma viagem, mais uma passagem...
O fim de uma viagem deixa-nos sempre o gostinho amargo da vontade de ficar e a necessidade de voltar... mas o fim é sempre a melhor forma de começar... porque podemos sempre regressar...
E é pelos últimos dias da viagem, que a Princesa espera... e o Rio... Um dia chorará por ela...
Pi!
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