terça-feira, 28 de julho de 2009

how to heal a broken heart... esturricando-o!

"Chegou o verão e as pessoas falam mais sobre o amor. Os corpos estão mais descobertos – é certo - mas a alma também usa saia curta. E anda tudo a queixar-se do mesmo, que não há mulheres de jeito, que não há homens de jeito, que só nós é que somos perfeitos. Que pena não nos podermos casar connosco e dizer o nosso nome duas vezes na igreja. Declararem-nos marido e mulher num só e à frente de todos, na altura em que usualmente se diz " Pode beijar a noiva!" , nós com grande destreza física, beijaríamos os nossos braços, as nossas mãos, o nosso peito. Que pena não nos podermos beijar a nós próprios e não conseguirmos também aqui ser independentes. O único consolo, é sabermos que não há contorcionista que o consiga, por mais que se esforce e se dobre. O que nos leva a concluir que um beijo destes – dos que agora falamos - tem que ser a dois. O que obviamente é uma chatice.

Anda tudo a queixar-se do que poderia ter sido, quando em muitas das vezes pode ser ainda. Escreve-se demasiado. Fala-se demasiado e faz-se pouco pelo amor. Os grandes romancistas sabem exactamente do que falo. E não deve ser por acaso, que na sua grande maioria – sobretudo os melhores – foram pessoas que não se safavam nada bem neste domínio. Veja-se por exemplo o Pessoa, as cartas a Ophelia são muito bonitas sim, mas se em vez de escrever tanto a expressar o quanto gostava de estar com ela, estivesse de facto com ela, as coisas teriam sido muito diferentes. Ou então não, já nem sei. O amor pode ser uma coisa muito desgastante, tal como quando partimos para uma longa caminhada, em plena uma da tarde de um verão quente, e percebemos que as sapatilhas vão cedendo ao asfalto que escalda.

O amor é como uma qualquer refeição: se estiver demasiado ao lume, pode queimar-se. Daí que quando se parta para uma coisa destas, se use inicialmente o lume em valores muito próximos do máximo e depois, em quase todas as receitas, se aconselhe a colocar em lume brando. Embora eu não concorde, eu sei que é assim. Daí que muitas das relações se salvem por isto, por na verdade, terem percebido que não podiam estar sempre submetidas a altas temperaturas. E assim, se safam. Ou se adiam. De tal modo que com o tempo, depois do lume brando, há relações que se encontram a alourar, que é – como toda a gente sabe – o que lhe dá o verdadeiro gosto, o sabor que só o tempo sabemos poder dar. Mas há quem não o faça e normalmente esturrique o amor. Precisamente, porque não lhe terá sentido o cheiro a queimado."

Fernando Alvim...o Grande!

Pi!
hoje recebi aquele abraço... eu com as lágrimas nos olhos (na realidade parecia um diluvio) a minha estrela que me abraçava disse "estúpido"... naquele tom quase infantil de "mau! fizeste mal à minha amiga!"

e eu ri-me... sim "estúpido"!

ninguém compreende porque razão eu continuo... mas ela compreende que em tudo o que faço e em tudo o que invisto eu dou não uma parte de mim... mas um todo! para o bem e para o mal...eu sou e serei assim!
aquilo que dei... sou eu genuinamente... sem máscaras... não suporto máscaras! mas nem todos aguentam... mas eu sou forte e vou aguentar! sem máscara! sem nada!


...ando a ler Fernando Pessoa... porque adoro... porque o caos e a confusão fazem parte de mim... porque me revejo e me "releio" nas palavras dele... e descobri um verso de Ricardo Reis

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No minimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

e na voz da minha Zai eu oiço... "ès grande Pi"

e sou! e serei!


Pi!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"how to heal a broken heart..." a sinceridade das coisas

" borboleta com asas de vidro"







Poderia começar por dizer...





"The end"





O tão esperado fim aconteceu!





quando a honestidade e a sinceridade estraga tudo... quando a capacidade de perdoar não é uma força de união... resta-me o saber que fui honesta comigo mesma! que não representei nenhum papel...





e terminar foi comigo... não com um papel representado que não resultou... não manipulei... não manipulei!





a sinceridade é um valor muito bonito que nem todos estão preparados para a aceitar!





que se fique com quem está constatemente a representar, a jogar, a manipular... doi! mas deito-me todos os dias com a noção que doi mas que sou eu que estou a sentir! e não um papel que represento e deito fora!





não me vou matar! atirar numa cama! simular retiradas estratégicas! fazer o papel de vitima! vou aceitar o que tiver de aceitar... tentar sobreviver... estar disponivel para o que já encontrei! talvez seja desta... talvez não!





que fiques com tudo o que escolheste! que seja feliz.. e mais uma vez a dor da sinceridade: que sejas feliz! não te desejo mal... quero que fiques bem... só assim o que sinto agora valeu a pena!





isto vai passar...





desta vez vai mesmo passar!





Pi!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"how to heal a broken heart...someday...somehow..."


"Then he smiled his familiar smile, the smile of a kindred spirit, and I was sure our friendship was intact. It was just like before, when we were hanging out in his homemade garage, just two friends killing time. Easy and normal. Again, I noticed that the strange need I’d felt for him before I’d changed was completely gone. He was just my friend, the way it was supposed to be."


Pi

domingo, 19 de julho de 2009

fim!

E a historia continua. Há historias que parecem não ter um fim!


e eu sinto-me uma marioneta nesta... sem controlo nem pelo que decidem nem tão pouco pelas minha próprias acções...


oiço, dentro da minha cabeça, todos os dias palavras soltas! frases sem sentido! e de repente... unem-se e saiem em jeito de pergunta... que não têm resposta... e provavelmente nunca terão! e provavelmente eu continuarei a ser uma marioneta até me cortarem os fios...


tenho saudades do silêncio... o silêncio da minha cabeça!


estou cansada dos apertos no peito e da ausência de me sentir apertada... segura!

desculpa! desculpa! desculpa! pelo ausência de espaço de tempo... por não acreditar que é melhor assim...

um dia... "um dia é só um dia!"... e um dia será um fim!



Pi!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

e de um livro faço a minha vida

'Na opressão da espera, não se tinha reparado que se é o único a esperar, o espectáculo é esperar sozinho, no ar que rodopia, que tudo comece, que alguma coisa comece, que haja outra coisa além de nós, que seja possível sair, que se deixe de ter medo, ouve-se a voz da razão, talvez se seja cego, talvez se seja surdo, o espectáculo já acabou tudo acabou, mas nesse caso onde e que está a mão, a mão amiga, ou apenas piedosa, ou paga para o ser, tarda a vir pegar na nossa, a levar-nos para fora, o espectáculo é isso, não custa nada esperar sozinho, cego, surdo, não se sabe onde, não se sabe o quê, que uma venha tirar-nos de onde estamos, levar-nos para outro sitio, onde talvez seja pior. '

Samuel Beckett


Zai ou algo parecido.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

rir ainda faz bem ao coração...


li isto hoje... e rir fez-me bem... porque foi com vontade!

"Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém.

Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede.

Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto.

Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.

Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar.

Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira.

Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha.

O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?

Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas.

O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa.

E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso.

Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós."


e ainda li... "os amores são como procurar um lugar para o carro... quando achamos que encontrámos um lugar, descobrimos que afinal era uma garagem"

Fernando Alvim (esperobemquenao.blogspot.com/.../esta-coisa-de-gostar-de-algum.html - )


e... se calhar é alergia... mas pelo menos já sei que não me apaixono por pessoas erradas... isso é mentira! :P



Pi!

(em estado de purificação)

domingo, 5 de julho de 2009

aida há pessoas que se casam...

ainda há pessoas que se casam...

e eu continuo a ser "responsavel" enquanto testemunha de tal compromisso...

ainda há aquele sentimento de derrota.. de frustração... de "o meu nunca mais chega"...

sim! faria muita coisa diferente! não gosto de laços bordeux... não gosto de atirar flores pelo ar porque me sinto uma vendedora de sonhos! e não! ter um bouquet voador não significa ser a próxima...

ainda há pessoas que se casam a ouvira mariah carey!


"I am thinking of you
In my sleepless solitude tonight
If it's wrong to love you
Then my heart just won't let me be right'
Cause I've drowned in you
And I won't pull through
Without you by my side..."

ainda há pessoas que se casam... que se comprometem...

e eu?... eu continuo...

.........................................................................................Pi