sexta-feira, 25 de setembro de 2009

fingir que está tudo bem!

apetece-me dizer tudo o que sinto... mas parece que resguardar o que temos cá dentro ajuda-nos a ser mais fortes... ajuda-nos a não nos desiludirmos com as pessoas...

então eu... vou fingir que está tudo bem...

"Fingir que está tudo bem

o corpo rasgado e vestido com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro do corpo, gritos desesperados sob as conversas

fingir que está tudo bem

olhas-me e só tu sabes

na rua onde os nossos olhares se encontram
é noite as pessoas não imaginam

são tão ridículas as pessoas, tão desprezíveis

as pessoas falam e não imaginam
nós olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver sob a pele igual aos dias antes de tudo,

tempestades de medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?,

pergunto dentro de mim: será que vou morrer?,

olhas-me e só tu sabes: ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer

amor e morte: fingir que está tudo bem

ter de sorrir: um oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga...

fingir que esta tudo bem" (JLP)


mas...

"Deve chamar-se tristeza Isto que não sei que seja Que me inquieta sem surpresa Saudade que não deseja.

Sim, tristeza - mas aquela Que nasce de conhecer Que ao longe está uma estrela E ao perto está não a Ter.

Seja o que for, é o que tenho. Tudo mais é tudo só. E eu deixo ir o pó que apanho De entre as mãos ricas de pó." (FP)

talvez por não serem minhas (as palavras)... eu perca menos...




Pi
("Do you hear me? I'm talking to you...")

1 comentário:

  1. Muito interessante o que você escreve.. é incrível a sensibilidade que você tem. Parabéns!

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